quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Panettone



Nesse ano estava determinada a fazer meu primeiro panettone, sem corantes, conservantes nem aromatizantes, apenas raspinhas de laranja e limão orgânicos e extrato de baunilha orgânico. O sabor e o perfume são incríveis, não consigo entender o porquê de tantos "antes" quando uma simples casca de laranja faz todo o trabalho...

A primeira receita que fiz foi esta; retirada da revista La Cucina Italiana;  além de conter os ingredientes tradicionais e ser feita desta forma, traz três vídeos com passo a passo do processo, algo ótimo para uma primeira vez! Achei bem gostoso, mas o tempo de forno indicado foi um pouco maior do que o necessário, e o primeiro ficou um pouco mais seco do que eu gostaria. Tome cuidado com o tempo e não espere que ele fique dourado para retirá-lo do forno; este foi, provavelmente, o meu erro...

 Na segunda vez resolvi tentar a receita do chef Rafael Rosa, da PAO, publicado na revista Menu de dezembro. Substitui, entretanto, amêndoas e damascos por passas e frutas cristalizadas (de qualidade, por favor!). O chef aconselha que se faça um corte em cruz no panettone, antes de ser levado ao forno, com uma bolinha de manteiga bem no meio; isso garante brilho e cor!



Prometo transcrever a receita completa após toda essa deliciosa loucura.... Ah, a propósito, feliz natal a todos!!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SOPA NA CANECA: beterraba assada e dedo-de-moça


Seguindo a série sopa na caneca, esta de beterraba e pimenta, além de ser preparada em alguns minutos e de se descongelar maravilhosamente bem, pode ser servida quente ou fria; perfeita para esse clima que não se decide! 

Não há forma melhor e mais prática de preparar beterrabas do que assando-as, pois ficam macias, úmidas, ligeiramente carameladas e formam um caldinho saborosíssimo. Li essa preparação em um dos livros do Jamie Oliver e desde então faço sempre assim; basta limpar bem a beterraba para retirar qualquer resquício de terra, cortá-la em quatro, se for muito grande, e colocá-la em uma folha de papel alumínio com um fio de azeite de oliva e outro de balsâmico. Feche o alumínio bem fechado e leve-o ao forno médio, pré aquecido, até que  elas fiquem na textura desejada, o que pode ser verificado ao espetá-las com uma faquinha, ainda dentro do forno. 

Nos últimos messes, assim que recebo a minha cesta, asso-as dessa forma e armazeno-as em um vidro, na geladeira, para serem consumidas durante a semana, com queijo de cabra, coalhada seca...

Quanto ao preparo da sopa, basta bater no liquidificador as beterrabas assadas, o caldo de legumes - ou mesmo água, se não tiver caldo caseiro -, e uma pimenta dedo de moça. Não tenho uma medida certa, apenas adiciono o caldo até adquirir a consistência desejada; não tem erro!

No dia da foto ela foi servida quente - sim, pois estamos em dezembro e está frio! - acompanhada de azeite e uma colher de coalhada seca.

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Torta de grana padano com bacalhau e raízes de alho poró


Além de lindas as raízes ficaram deliciosas, principalmente se acompanhadas de uma bela maionese caseira...




Absolutamente instigante a  reportagem publicada no Paladar da semana passada sobre o melhor restaurante do Mundo, o dinamarquês Noma, que trabalha apenas com ingredientes locais frescos. O "apenas" não foi um forma hiperbólica de descrevê-lo; o chef René Redzepi se valhe de tudo o que está ao seu redor, em cada época do ano, como é o caso das microbatatinhas com notas de avelã, oriundas de batatas não colhidas que "morrem" na terra e proporcionam o seu nascimento. Outro prato do menu é o alho poró servido inteiro, com as raízes fritas assemelhando-se a uma flor, para que o comensal deguste e sinta a diferença de sabor e textura entre estas e o bulbo.

Ok, "microbatatinhas" raras estão fora do meu alcance -por enquanto!-, mas imaginem a minha cara de cachorro ao abrir a geladeira e descobrir que o meu alho poró não tinha raízes... Toca mandar  um e-mail para o Felipe e pedir esclarecimentos sobre a ausência das mesmas -santo Felipe, a propósito!-, o qual, prontamente, entrou em contato com o produtor e providenciou-as completas para a próxima semana.

Alguns dias depois, munida do alho poró completo, pensei que seria uma ótima oportunidade pra aproveitá-lo como um todo, das raízes às folhas, e foi o que fiz. Aqui, entretanto, cabe um adendo; o alho poró que usei era orgânico, pequeno e delicado, motivo pelo qual me senti totalmente à vontade para fatiá-lo de cabo a rabo. Os maiores também podem ser consumidos como um todo, mas possuem um sabor mais pujante, forte, que pode substituir uma verdura no prato, rechear um pão, ou aromatizar um caldo,  mas muito presente para acompanhar um peixe, como no caso dessa receita.

 

Torta de grana padano com bacalhau e flor de alho poró
rendimento: 2 porções


massa de grana padano (do TK)*

- 1 xícara (140g) de farinha de trigo;
- 100g de manteiga sem sal, gelada e cortada em cubos; e
- 1/3  xícara (34g) de queijo grana padano ou parmesão,  ralado

cobertura de bacalhau e alho poró

- 2 filés de bacalhau, já dessalgados;
- 2 alhos poró pequenos;
- pimenta dedo de moça, em cubinhos;
- azeite e sal; 
- massa bem fluida feita com 1 ovo batido, um pouquinho de leite, sal e farinha; e
- óleo suficiente para fritar as raízes.

1. Prepare a massa conforme indicado pela Patrícia e cubra duas forminhas redondas de fundo removível, de 11x3 cm - sobrará um pouco de massa, que pode ser guardada na geladeira, ou usada para forrar uma terceira forminha.

2. Para o recheio de bacalhau, apenas refogue os filés em um pouquinho de azeite e desfie-os.

3. Corte o alho poró em rodelas finas, reservando as raízes. Refogue-o em um pouquinho de azeite e tempere-o com a pimenta. 

4. Monte a torta colocando o bacalhau e o alho poró sobre a massa; leve-as ao forno baixo, apenas para que se mantenham quentes.

5. Frite as raízes de alho poró, após passá-las na massa. Como são bastante fibrosas, tem de estar bem fritas; tome cuidado apenas pra não queimá-las. Deixe-as secaram sobre um papel toalha.

6. Acomode as raízes fritas sobre cada torta e sirva-as.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

[surpreendente] Sanduíche para viagem: queijo branco e salsinha



Anos depois de ter visto o Oliver falar sobre a salsinha como base para salada, e não apenas como tempero, resolvi colocar a idéia em prática e o resultado foi muito melhor do que esperávamos; mais um sanduba para viagem bem sucedido!

Apenas montei o sanduíche com pão semi-integral aquecido com um naquinho de manteiga, queijo branco dourado na frigideira antiaderente, fatias de picles em conserva e azeitonas verdes recheadas, mostarda, pimenta do reino moída, azeite grego, rabanete e folhas, muitas folhas de salsinha da horta!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Figos com coalhada e um toque de rum


Parece leite condensado, mas é coalhada seca bem misturada com rum e açúcar; apenas um toque de cada sobre este lindo figo orgânico. Simples e deliciosamente irresistível; provem...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Biscoitos caninos (ou não...)


Estava ensaiando preparar biscoitos caninos desde que a Ana comentou, no Twitter, que o cachorro dela havia preferido estes ao tradicional industrializado. Estou MUITO, MUITO arrependida por ter esperado tanto tempo para prepará-los, porque são estupidamente fáceis e rápidos; basta misturar tudo, abrir a massa e cortá-la no formato que quiser, sem falar que são infinitamente mais baratos, e olha que eu fiz biscoitos totalmente orgânicos!

Ah, sim, ela não só preferiu o caseiro como rejeitou o outro.. Yes!!!


 
 

 Nós também aprovamos o biscoito canino, com coalhada seca, pimenta do reino, pimenta rosa e cominho:


Biscoitos caninos
Adaptado daqui
Rendimento: 470g

- 2 xícaras de chá de farinha de trigo integral;
- 1 xícara de chá de farinha de milho fina;
- 1 ovo - obrigatoriamente orgânico, por favor!;
- 1 colher de sopa de azeite e
- ¾ de xícara de chá de caldo caseiro*.

1. Pré-aqueça o forno em temperatura média.

2. Em uma tigela grande, misture bem todos os ingredientes, até que a massa se torne uniforme.  Abra a massa na espessura desejada, corte os biscoitos com cortadores, ou apensa em quadradinhos. Se quiser fazer um charme, pode riscar, com um palito, a inicial do cão... [louca, eu?!? Nãããão...]

3. Asse-os a 180º, por 45 minutos, aproximadamente, virando a assadeira na metade do tempo. e retirando-os quando a sua base estiver levemente dourada Deixe-os esfriarem sobre uma grelha e armazene-os em um recipiente bem fechado.

4. Como só tenho uma canina em casa, abri a massa e cortei alguns biscoitos; com a massa restante formei dois cilindros, revesti-os de papel alumínio, individualmente, armazenei-os em um saco plástico grosso (para que não peguem umidade) e congelei-os. Quando quiser fazer novos biscoitos, basta deixar o cilindro fora da geladeira até que seja possível abrir a massa para fazer biscoitos com formatos, ou simplesmente cortar “fatias” desse cilindro, na espessura que quiser, e então assá-los da mesma forma.

* o caldo caseiro pode ser de carne ou de frango; fiz o meu apenas com água e cenoura. Tome cuidado para colocar ingredientes extras, como cebola, que alguns sites de pesquisa apontam como perigosos para os caninos. Eu sei que isso pode parecer loucura, no meu caso, por exemplo, a Cherry sempre comeu de tudo, mas não custa omitir as folhas verdes e a cebola do caldo; acho que o melhor é fazê-lo apenas com uma carne, rodelas de cenoura e água, ou apenas cenoura e água. Aqueles de cubinho, repletos de sal e química, sem pensar, ok?!? ;)


 
 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Delicioso suco de casca de manga

Mulher bonita não paga, mas também não leva... Na compra de uma manga orgânica, leve um delicioso suco de manga, totalmente de graça!!!  Quem vai querer...

 

Em um desses finais de tarde quentes, em que tudo o que seu corpo pede é algo gelado e refrescante, eu saciava a minha fome com uma deliciosa manga orgânica, doce e saborosa... De repente, senti uma tristesa estranha ao olhar para aquelas cascas vermelhas repousando sobre o prato, e percebi, que aquele sininho estava tocando dentro de mim, que não poderia apenas pular para outro trapésio, olhar para os dois lados e jogá-las no lixo...

Já vi algumas receitas de bolos de cascas, mas com um panettone caseiro enorme repousando sobre a bancada me vi proibida de assar qualquer coisa doce... Pelo amor de deus, salgada nem pensar; na verdade, assar era um verbo proibido naquele momento! Quem mora em apartamento pequeno sabe do que eu estou falando; é  acender o forno e curtir a sauna seca... Ahrf!

Então, o que fazer?!? Ah, está calor, vou bater um suco! [...] Nossa, que surpresa; a casca da manga tem  exatamente o seu sabor e produz um suco denso e forte. Imediatamente senti uma tristesinha por todas as cascas desperdiçadas e me lembrei da alegação de que orgânico é um produto para a elite, que há a fome no mundo... Quanto mais eu estudo percebo que é exatamente o contrário! Mas essa história fica para outro post; aliás, ainda estou devendo o terceiro -e melhor!- dia das palestras sobre orgânicos.

Para preparar o suco, basta batê-las no liquidificador com água, gelo e açúcar, se necessário -eu não achei!-; ele fica bastante denso e rende horrores. Se não gostar da sensação das fibras na boca, coe-o antes de beber. As cascas podem ser congeladas.

As flores sobre o suco são da minha erva doce...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fiori di Zucca: salada quente e omelete para comemorar um presente tão especial!



Como já contei para vocês, depois de tanto resmungar por não encontrar flores de abobrinha no mercado, justamente na semana do meu aniversário recebi esse lindo e inusitado presente do pessoal do Sementes de Paz; esses meus fornecedores são muito especiais! ;)

Desesperadamente louca e totalmente atrasada, mandei tudo às favas e fui preparar uma omelete com o meu bouquet; afinal de contas, não poderia deixá-lo apático na cozinha, esperando que eu voltasse quase dez horas depois... Apenas refoguei alguns talinhos de espinafre na minha linda frigideira de cerâmica, adicionei  dois ovos ligeiramente batidos, mexi por alguns segundos, adicionei queijo, um toque de sal, as flores e pronto. Para quem tem dúvidas de como fazer uma bela omelete, veja esse vídeo do Oliver; é esclarecedor!

 
 
 

Algo muito importante com relação às flores é a limpeza; você deve retirar o pistilo interno, que é amargo, e qualquer parte espinhosa externa, passá-la rápida e delicadamente pela água e secá-la com papel toalha. As brasileiras não são como as italianas, maiores e mais resistentes, que podem ser recheadas e fritas; por algum motivo que já estou sondando com o pessoal do mitier, as nossas são pequenas e delicadas, mas tem o seu charme e aplacam um pouquinho a saudades da bota... Na manhã seguinte presenteei a minha querida professora de italiano, Letizia, que abriu um enorme sorriso ao olhar para a flor...

Ainda no mesmo dia preparei uma salada, rápida e absolutamente deliciosa; hoje agradeço muito por ter contornado a preguiça e preparado as flores ainda no dia em que chegaram, pois no dia seguinte, tanto fora como dentro da geladeira, com e sem água, elas se deterioraram sumariamente...
 
Para falar que nunca vi ninguém vendendo essas benditas flores, recentemente vi uma bandeija na Santa Luzia, mas é claro que não eram orgânicas como as minhas... Pô, comer flor com agrotóxico é demais para qualquer um, creio eu... :P

Salada de vagem com flor de abobrinha e queijo branco
inspirada nessa receita
rendimento: 1 porção

- 1 punhado de vagens - pontinhas com cabo já cortadas;
- 1/2 abobrina cortada ;
- 2 fatias de queijo branco;
- folhas de tomilho fresco;
- pimenta dedo de moça em cubinhos;
- azeite; 
- uma pequena meia-lua de limão - 1/10 de unidade, aproximadamente;
- flor de sal e
- 3 flores de abobrinha - devidamente limpas conforme explicado acima.

1. Em uma frigideira de cerâmica, ou antiaderente, com um fio de azeite, doure os dois lados do queijo branco e reserve-os.
2. Sem desligar o fogo, refogue as vagens; como gosto delas bem al dente, não passo-as por água ou vapor previamente, mas se você achar necessário, apenas mergulhe-as na água fervente por alguns segundos, e leve-as imediatamente à frigideira quente, para finalizá-las. Reserve-as.
3. Ainda sem desligar o fogo, acrescente mais um fio de azeite e refogue as abobrinhas; aqui também vai depender do ponto que desejá-las.
4. Corte as fatias de queijo branco em cubos e coloque-os em uma tigela, junto com as vagens e a abobrinha. Regue com azeite, uma espremidinha de limão, salpique a pimenta em cubinhos e as folhas de tomilho, mexa bem, mas delicadamente, para que os sabores se misturem. 
5. Disponha a salada no prato, acomode as flores e salpique uma pitada de flor de sal.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Presentes de aniversário


Todo aniversário é único, mas ser recebida por essas lindas flores de abobrinha que o pessoal do Sementes  de Paz me mandou foi uma das coisas mais emocionantes que já me aconteceram; achei de uma delicadeza sem tamanho! Vocês são realmente especiais, não só pelo trabalho de formiguinha, dando murro em ponta de faca todos os dias, como pela alegria, simpatia e preocupação com todos. Tenho orgulho de pessoas que não se acomodam, que querem mais, querem fazer algo de bom não apenas para a própria vida, mas  também para o mundo, e esses meninos fazem isso. Obrigada, por tudo, mais uma vez!

 
 
 

Os outros presentes gastronômicos já estão até velhos, de tanto que eu uso... O tio Mauro me deu a frigideira de cerâmica e essa linda faquinha de aço carbono, vindas diretamente da bota! O único problema é que quero preparar tudo nela, simplesmente porque a sensação que se tem é a de cozinhar sobre uma pista de patinação; é um prazer sem igual! Fora a facilidade na hora de limpar... E a faquinha; assim que olhei para ela pensei, vou levá-la comigo na bolsa, ela é muito pink para ficar sozinha na gaveta... E a bicha é malvada; se bobear, perde um naco do dedo fácil...

O processador já preparou vários dos últimos pratos, como o falafel; grazie, mamma, nunca mais precisarei fazer tapenade no liquidificador... Era um sufoco!

Os lindos pratinhos venezianos vieram da doce Angélica, que sempre nos brinda com sua linda voz; o livro, do tio Ciro. Não sei porque, mas desconfio que foi com segundas intenções! Rs... Sério, o livro é muito gracinha; cada receita acompanha uma foto, descrição e sugestão de harmonização com um vinho. Molto carino...

Não posso me esquecer das belas orquídeas da tia Bete, que ainda estão enfeitando a minha sala; o mesmo não posso dizer dos bombons da Lindt que vieram na latinha... E a lanterna da Fê; ela e a tia Mª Helena são muito ousadas, acho que nem eu mesma compraria e combinou maravilhosamente com a nossa casa! 

Amei todas as surpresas, bilhetinhos e telefonemas, a pulseirinha da dupla L&L, os livros dos sogros , a bolsa da Fê, as comidinhas do papà! Fora os mil presentinhos do meu Amor...

Grazie a tutti!!!

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