sábado, 30 de abril de 2011

Abóbora assada com alecrim, para uma perfeita noite outonal.

O visual outonal da abóbora ao lado de queijos e uma bela garrafa de vinho tornou tudo ainda mais irresistível; experimente fazer isso em uma dessas noites frias e acender algumas velas pela casa...

 
 

Às vezes uma abóbora assada é apenas uma abóbora assada, então tempere-a e asse-a, da forma como preferir, com ou sem segredos. Eu, lá pelas tantas e sem vontade de fazer a maior lambança,  acendi o forno à temperatura média e lavei a abóbora seca como de costume, tomando cuidado para retirar qualquer resquício de terra. Cortei uma fatia e a dividi em dois; salpiquei um pouquinho de sal, pimenta do reino, alecrim e reguei tudo com azeite. Cobri a assadeira com papel alumínio e levei-a ao forno até que a abóbora ficasse macia e dourada; espetei uma faca para fazer o teste. Quando achei que já estava quase pronta, retirei o alumínio para que pudesse dourar um pouco. No prato, uma pitada de flor de sal e um toque de azeite. Deve ficar ótimo com sálvia...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Barrinhas de pecã, coco e limão, para o seu próprio conto de fadas...

lindas, deliciosas e super cítricas; o açúcar mascavo combina incrivelmente com o coco e as mozes...



Saber que uma bela moça que andava por ai se casou com um príncipe e virou princesa  -ou duquesa, para ser mais precisa- é algo, no mínimo, perturbador para "garotinhas" Disney criadas com o ideal "gata borralheira", que tiveram de crescer com um sonho comprado pronto e a terrível realidade de que aquilo é apenas uma fábula, um desenho, um filme; que nunca acontece na vida real, que esse sonho não existe...

Mas não é que acontece! E não foi  só a Kate quem encontrou seu príncipe, eu também tenho o meu, que não veio montado em um cavalo ou numa carruagem, tampouco tem um título especial a ser ostentado ou uns trocadinhos a mais, mas que sempre me tratou como uma rainha, e ao que aparenta, pretende continuar assim para garantir nosso "felizes para sempre", pois esse é o nosso compromisso de vida.

É claro que não dá para ser feliz o tempo todo; correria, mudanças de tempo, morte, grana, trabalho, família, trânsito, probleminhas idiotas e hormônios malucos muitas vezes fazem você inspirar e expirar profundamente para não desistir e mandar tudo às favas, mas isso não acontece apenas com as reles normais... E isso é ótimo, é normal, essa é a vida,  nós só precisamos ter em mente o que queremos e levar isso a sério, sem desistir no primeiro tropeço, e no amor também é assim. Nós temos de querer tornar a nossa vida boa, feliz e interessante; acho que esse é o "felizes para sempre" possível.

Lembro-me de que foi minha mãe quem fez esse comparativo entre contos de fadas e minha vida, alguns anos atrás, em um surto momentâneo no qual a realidade me parecia muito pior do que realmente era, e eu tive de dar o braço a torcer, pois a minha vida era e é realmente maravilhosa. E sou a senhora do meu reino, tenho um rei maravilhoso e um cão leal, que com seus 15 anos continua a nos proteger em troca de carinho e biscoitos reais, é claro...




*suspiro* Ok, agora que já cheguei a essa conclusão maravilhosa e todas nós estamos mais tranquilas, - e preocupadas com as barrinhas acima - só para desdenhar um pouquinho, fora a festa, as viagens, as roupas e as joias, quem em sã consciência  realmente gostaria de ter uma vida real cheia de limitações?  Ainda bem que não mata, ao menos não imediatamente...

Barrinhas de pecã, coco e limão
do TK
rendimento: 6 barrinhas


- 75g (1/2 xícara + 1/2 colher (sopa)) de farinha de trigo orgânica;
- 1 colher (sopa) de açúcar refinado;
- 1/2 pitada de sal;
- 56,5g (1/4 xícara) de manteiga sem sal, gelada e picada;
- 1 ovo orgânico grande;
- 87,5g (1/2 xícara) de açúcar mascavo orgânico – aperte-o na xícara na hora de medir;
- 27,5g (1/4 xícara) de pecãs picadinhas;
- 25g (1/4 xícara) de farinha de coco - a receita original pedia coco em flocos sem adição de açúcar;
- sementinhas de baunilha (aproximadamente 1/8 da fava, cortada ao meio com as sementinhas raspadas) - substitua por 1/2 colher (chá) de um bom extrato de baunilha;
- 130,5g (7/8 xícara + 1 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro, peneirado;
- raspas da casca de 1 limão tahiti - a receita original pedia siciliano;
- 30ml (1/8 xícara) de suco de limão  tahiti - a receita original pedia siciliano;

1. Pré-aqueça o forno a 180°C. 
2. Unte levemente com manteiga uma forma retangular de 17x10, com 4cm de altura, e forre o fundo e as laterais com papel alumínio, deixando sobrar em dois lados opostos, formando “alças”. Unte o papel também.
3. Na tigela grande da batedeira, usando o batedor em formato de pá, misture a farinha, o açúcar e o sal. Junte a manteiga e bata em velocidade baixa até obter uma farofa grossa. Pressione a mistura no fundo da forma preparada e asse por 15-20 minutos ou até que doure levemente. 
4. Numa tigela grande, misture o açúcar mascavo, as pecãs, a farinha de coco, a baunilha e o ovo até obter um creme homogêneo. Espalhe a mistura sobre a base assada, preenchendo todos os cantinhos da assadeira. Volte ao forno por mais 20-25 minutos ou até que a cobertura esteja firme. Retire do forno.
5. Numa outra tigela grande, misture o açúcar de confeiteiro, as raspas e o suco de limão até ficar homogêneo. Espalhe sobre a cobertura, cobrindo-a completamente. Deixe esfriar.
6. Com o auxílio das alças de papel alumínio, remova da assadeira e corte em barrinhas.

* a receita da Patrícia é dobrada em relação a que preparei; ela usou uma forma retangular de 20x30cm e conseguiu 16 barrinhas menores.

 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pão de forma integral definitivo (pelo menos até amanhã!), um presente e um sanduba

Vô, obrigada pela faca!!! Sim, nobres leitores, morram de inveja; o meu avô lê o meu blog e testa as receitas!!!

 


Fiquei muito feliz quando consegui preparar um pão 100% integral que pude descrever como muito saboroso e de textura aceitável para um pão integral, mas ainda não estava satisfeita, não era o meu pão integral definitivo, até que coloquei a cachola para funcionar e decidi peneirar toda a farinha, não apenas metade, e no lugar de um aspecto farelento e um pouco quebradiço -apesar do gosto maravilhoso- consegui um pão de textura macia que solta longas "lascas" ao ser cortado com as mãos. Sem sombra de dúvidas, o definitivo, pelo menos até amanhã...

 

Quanto ao presente, quem leu o post sabe que meu avô ficou muito interessado ao me ver preparar pães em casa, a ponto de já ter substituído a balança de precisão que usava para pesar as peças de aeromodelo por uma digital, comprar formas e encher a despensa com farinha integral orgânica; outro dia ele me ligou e disse "tenho duas novidades; a primeira é que acabo de fazer o melhor pão do mundo, quando quiser aprender, venha aqui; a segunda é que a sua faca elétrica já chegou, se quiser pegá-la, venha aqui". Garota obediente que sou, fui e voltei; garanto a vocês que ninguém sai daquela cozinha sem ser devidamente apresentado aos seus pães premiados...




Por fim, o sanduba dispensa maiores apresentações, apenas pão, ovo e sal, acompanhado de salada de tomate, espinafre fresco, beterraba assada, queijo de cabra, pimenta do reino e azeite grego.


PÃO INTEGRAL DEFINITIVO (pelo menos até amanhã...)

adaptado deste
tempo de preparo: 10 min. + 3 horas de fermentação + 30 min. de forno
rende 1 pão

- 300g + 1 colher (sopa) de água mineral, se necessário;
- 6g de fermento ativo seco instantâneo (ou 18g de fermento fresco);
- 500g de farinha de trigo integral orgânica peneirada;
- 12g de sal marinho;
- 18g de açúcar - uso demerara orgânico;
- 33g de manteiga sem sal e
- um pouco de azeite e manteiga - o primeiro é usado para besuntar a massa durante a primeira fermentação; o segundo, para untar a forma.

Seguindo o passo a passo do pão original, coloquei todos os ingredientes na batedeira** e deixei que ela misturasse e sovasse tudo; como achei que a massa estava um pouquinho seca, adicionei 1 colher (sopa) de água) e continuei o processo. Fique atento,  assim como a umidade do dia, as farinhas variam - e muito!- conforme a marca; portanto,  se precisar, adicione, aos poucos, mais água ou mais farinha, até alcançar uma massa boa, que não grude nos dedos nem seja úmida ou seca em demasia. Não tenha medo de errar; meta a mão na massa, literalmente, tenha em mente como a massa deve ser, e confie nos seus instintos!
Cuidado com a sova, que tem de ser bem feita, e com o tempo das fermentações; na primeira deixe que ele dobre de tamanho, na segunda, deixe que cresça até que a parte superior, abaulada, fique aproximadamente 2 cm acima da forma.
Pré-aqueça o forno a 250ºC e mantenha essa temperatura nos primeiros 10 minutos; abaixe-a para 230ºC nos últimos 20 e, ao final, verifique se emite um som oco quando se bate na sua base com o nó dos dedos, conforme indicado no post.

* peneire a farinha toda e devolva à tigela o que não passou por ela. Para saber se a farinha que está usando é ótima ou não, observe as partes que ficarem na peneira; se puder verificar que são partes do grão, como um farelo, a farinha está boa e renderá um pão ótimo; se o que restar se parecer com uma areia grossa, pode continuar, mas o resultado não será o mesmo. Já vi variações como esta em diferentes sacos de farinha da mesma marca e mesmo lote. É bom observar o que fica na peneira e o resultado para poder escolher a farinha que mais se adapta ao seu uso. 

** também pode ser feito à mão; já testei das duas formas e ambas ficaram excelentes, mas a sova tem de ser bem feita...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bolinho de bacalhau; só porque é páscoa, claro!

 
Assim como a tia Carlota me ensinou a fazer o verdadeiro sagu de uvas, também me passou a famosa receita dos filhoses, tradicionais bolinhos portugueses, e esta foi a minha primeira experiência com fritura, há  -pasmem!- alguns meses atrás. Pretento reproduzi-la em breve e postar essa maravilhosa massinha com passas e cobertura de mel, absolutamente perfeita!

Bem, tudo isso para chegar nos bolinhos de bacalhau, minha terceira fritura... Até agora tudo OK; não me queimei nem queimei os bolinhos, o processo foi fácil e o resultado, absolutamente fantástico! Essa receita é muito fácil de ser preparada e os bolinhos ficam muito saborosos; Dona Maria, que preparou a receita original, ressalta apenas a importância de se usar um tipo de batata com menos água e mais amido, como a asterix ou a escovada, e de se retirar toda a água do bacalhau, para que o bolinho fique bem seco e não se abra durante a fritura. 

Ah, não poso me esquecer das lindas raízes de alho poró; vou fingir que não foi o Ebraim quem as fritou e colocá-la na segunda posição; afinal, eu estava supervisionando o seu trabalho para garantir que tudo sairia bem. Agora só falta perder o medo da panela de pressão... 



Bolinho de bacalhau
rendimento: 60 bolinhos*

- 1Kg de bacalhau em postas (sem pele), já dessalgado**;
- 1Kg de batatas Arterix;
- ½ xícara de cheiro verde picado – usei apenas salsinha;
- ½ xícara de cebola, em cubinhos;
- 2 ovos orgânicos.
 
1. Cozinhe o bacalhau e as batatas, em panelas separadas; na receita as batatas são cozidas sem a casca, mas como o intuito é controlar a umidade, cozinhei-as com casca.
2. Escorra o bacalhau para retirar o máximo de água possível e seque-os com papel toalha.
3. Escorra também as batatas cozidas e reserve-as.
4. Desfie o bacalhau e aproveite para retirar as espinhas.
5. Acrescente o cheiro verde e as cebolas ao bacalhau desfiado e misture bem.
6. Esprema as batatas ou passe-as pelo passa-verduras, e misture-as ao bacalhau.
7. Adicione os ovos ligeiramente batidos à mistura e mexa até que todos os ingredientes tenham se misturado.
8. Para moldar os bolinhos, peque uma pequena porção de massa com uma colher e utilize outra para pressionar a massa e dar a forma de quenelle (um bolinho ovalado).
9. Frite-os em óleo quente, aos poucos, virando-os no meio do processo para que fiquem dourados dos dois lados.
10. Sirva-os acompanhados de limão e cerveja, claro! ;)
 
* fiz meia receita e consegui 14 bolinhos. Podem ser congelados.
** para dessalgar o bacalhau, coloque-o de molho, no dia anterior, e troque-a, pelo menos, cinco vezes. A dica da dona Maria, para saber se o bacalhau está no ponto, é provar um pouquinho da água.



sábado, 2 de abril de 2011

Bolo de coco com nozes


Já era tarde, mas meu lindo maridinho soltou aquele suspiro de quem daria tudo por um bolinho, e lá fui eu procurar algo no lugar mais certo possível. Tive de fazer várias adaptações no lindo bolo de coco com cobertura de açúcar, já que não tinha leite, coco, farinha de trigo com fermento ou manteiga sem sal; também reduzi a receita para um ovo, porque já era tarde e eu não queria mais forminhas para limpar.

Parece maluquice, mas o resultado ficou incrível; uma textura semelhante a da queijadinha, com um toque amanteigado e sabor de coco e nozes... Obrigada, Deusa das gordices! ;)


BOLO DE COCO COM NOZES
adaptado do TK
rendimento: 22 bolinhos*


- 62,5g de manteiga salgada amolecida;
- 75g açúcar;
- 1/4 colher (chá) de extrato de baunilha orgânico;
- 1/4 de colher chá de fermento químico;
- 1 ovo orgânico;
- 75g de farinha de trigo orgânica, peneirada;
- 20g de farinha de coco orgânica;
- 63ml de leite de coco;
- um punhadinho de nozes e
- floquinhos de coco para decorar.

1. Pré-aqueça o forno a 180ºC e separe as forminhas que serão usadas se não forem de silicone, como as que usei, unte-as bem! Usei forminhas com capacidade para 2 colheres de sopa.

2. Coloque a manteiga, o açúcar e a baunilha na tigela grande da batedeira e bata até conseguir um creme leve e clarinho. Junte os ovos aos poucos e bata bem. Adicione a farinha de trigo, a de o coco, o fermento e o leite de coco, e bata até a massa ficar homogênea.

3. Salpique as nozes quebradas e preencha as forminhas. Leve-as ao forno por aproximadamente 30 minutos, ou até que estejam dourados e assados; para ter certeza, faça o teste do palito - se sair sujo é porque ainda não está pronto.

4. A Patrícia recomenda que se deixe o bolo esfriar por 10 minutos antes de desenformá-lo, mas não mais do que isso, do contrário você pode ter problemas para retirá-lo. 

5. Salpiquei com floquinhos de coco que sobram no pano quando você faz leite de coco caseiro.

* a Patrícia fez o dobro da receita e usou uma forma de buraco no meio de 19cm de diâmetro (capacidade para 6 xícaras).

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails