quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tortinhas de maçã que não gorjeiam como lá, mas ficaram ótimas!



Enquanto escrevia esse post, com a cabeça um pouco aqui e um pouco , lembrei-me de um poema de Gonçalves Dias, que cresci ouvindo minha mãe declamar: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá...". O incrível é que ela não inventou nenhuma paródia para esse poema... Bem, pelo menos não para a primeira estrofe! Rs...

Essa receita postada pela Patrícia é muito gostosa e prática; como prometido, o recheio é surpreendente! Entretanto, queridos leitores, vocês podem perceber que, como bem disse o poeta, as tortas que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá; não fui muito cuidadosa ao fechar as tortinhas e as tampinhas cresceram, mas de uma forma ou de outra, a receita é maravilhosa! Servi para alguns amigos, acompanhadas de maple e lascas de amêndoas, e todos adoraram!

Canção do Exílio


Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar - sozinho, à noite -

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Gonçalves Dias


Um comentário:

  1. Ah, que é isso! Estão lindas - tão douradas! Que bom que gostou da receita, querida!
    xx

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Comentários

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