Enquanto escrevia esse post, com a cabeça um pouco aqui e um pouco lá, lembrei-me de um poema de Gonçalves Dias, que cresci ouvindo minha mãe declamar: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá...". O incrível é que ela não inventou nenhuma paródia para esse poema... Bem, pelo menos não para a primeira estrofe! Rs...
Essa receita postada pela Patrícia é muito gostosa e prática; como prometido, o recheio é surpreendente! Entretanto, queridos leitores, vocês podem perceber que, como bem disse o poeta, as tortas que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá; não fui muito cuidadosa ao fechar as tortinhas e as tampinhas cresceram, mas de uma forma ou de outra, a receita é maravilhosa! Servi para alguns amigos, acompanhadas de maple e lascas de amêndoas, e todos adoraram!
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Ah, que é isso! Estão lindas - tão douradas! Que bom que gostou da receita, querida!
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