Salada de Folhas com Camarões e Abacate

Essa foi a primeira receita de um maravilhoso livro de saladas que trouxe da Itália, cuja autoria pertence a uma chef australiana, Elena Balashova. O livro é lindo, cheio de fotos e links para receitas semelhantes...

Estou tão maravilhada com a combinação do camarão e abacate que tenho feito essa salada de várias formas... Várias vezes...

Salada de Folhas com Camarões e Abacate

Insalate, de Elena Balashova, editora Gribaudo

rendimento: 4-6 pessoas

tempo de preparação: 20 minutos

- 1 maço de aspargos (omiti);

- 100g de folhas verdes mistas;

- 2 tomates grandes cortados em cubos (usei tomatinho cereja);

- 1 maçinho de rabanetes pequenos cortados finamente;

- 2 abacates pequenos cortados em cubos;

- 2 colheres de sopa de azeite;

- 30 camarões devidamente limpos;

para o molho:

- 6 colheres de sopa de azeite;

- suco de 1 limão;

- sal e pimenta moída na hora.

Leve os aspargos para cozinharem por 5 minutos, em uma panela com água fervente; corte-os em pedacinhos de 5 cm e reserve-os. Disponha as folhas, os tomates, os rabanetes, o abacate e os aspargos nos pratos ou tigelas em que serão servidos. Aqueça o azeite e salteie os camarões rapidamente, apenas para que mudem de cor. Misture os ingredientes do molho, disponha os camarões nos pratos e tempere a salada. Já fiz variações do camarão apenas mergulhado na água fervente por alguns segundos e também ficou ótimo!

Nota: Quando fui preparar um repeteco dessa receita, coloquei os ingredientes da salada em uma saladeira, despejei o molho e misturei tudo antes de dispô-la no prato. O sabor ficou ótimo, assim como o da primeira vez, mas achei o visual da primeira mais pujante, já que o abacate acaba deixando os demais com uma película verde; o mais prejudicado acabou sendo o camarão... Rs...

Maravilhosa Geleia de Morango e Baunilha

Quando li, nesse post da Patrícia, a frase "não comer todo o recheio antes de preparar a crostata foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha cozinha”, tive a certeza absoluta de que deveria reproduzir essa geleia; afinal de contas, não é todos os dias que uma pessoa acostumada a fazer tantos doces faz um comentário desses... E ela tinha toda a razão!!! Façam essa geléia, mas da forma como é indicada, não substitua ingredientes pois cada um deles aparece no final e faz toda a diferença. Na semana que vem quero comprar mais morangos para prepará-la com limão cravo...

A ideia de servi-la como acompanhamento do arroz doce veio de um dos livros do Oliver, e realmente harmonizam de forma única...

Maravilhosa Geleia de Morango e Baunilha

totalmente furtada daqui

- 600g de morangos orgânicos, sem os cabinhos e cortados ao meio no sentido do comprimento;

- 250g de açúcar refinado;

- 1 pedaço de casca de laranja de 10cm;

- suco de 1 laranja;

- 1 pedaço de casca de limão de 5cm (usei tahiti);

- suco de ½ limão (usei tahiti);

- 2 colheres (chá) de gengibre fresco ralado e

- 1 fava de baunilha, aberta no sentido do comprimento, sementinhas raspadas com as costas da faca.

Coloque os morangos numa panela grande, junte o açúcar, as cascas e os sucos de laranja e limão, o gengibre, a fava e as sementinhas de baunilha. Leve ao fogo médio-alto, mexendo até dissolver o açúcar, e então deixe ferver. Cozinhe, mexendo ocasionalmente, até que a mistura engrosse e fique parecendo uma geléia (10-15 minutos) – quando mexer, amasse as frutas com uma espátula de silicone para que soltem seus sucos.

Manjericão roxo

Assim que cheguei de viagem tive essa bela surpresa, a primeira florada do meu manjericão roxo, trazendo mais e mais abelhinhas para a minha janela...

Tortellini all'Arrabbiata in Brodo

Nunca deixo de me surpreender com esse prato riquíssimo em sabores e de preparo tão simples. É claro que as preparações simples podem ser uma faca de dois gumes; da mesma forma que podem ficar incrivelmente magníficas também podem se assemelhar à comida de supermercado, por isso invista em bons ingredientes, o que não significa gastar mais dinheiro...

Até porque, minha felicidade maior é colocar os talinhos de legumes e algumas ervas frescas na panela, cozinhar o meu caldo, preparar a minha massa, usar o orégano fresco, recém saído da minha hortinha, e dividir essa delícia com o meu marido, do qual estava morrendo de saudades... Isso me faz muito, muito feliz!

Trocando em miúdos e simplificando todo esse blá, blá, blá, para preparar esse prato basta cozinhar a massa fresca (recheada) em um belo caldo de legumes e servi-lo com um fio de azeite e ervas frescas. Para variar um pouquinho, acrescentei à massa o purê obtido após queimar 2 pimentas dedo de moça e remover-lhes a pele e as sementes, o que lhe conferiu um tom rosado e uma picância pontual. Usei a massa de sempre, na proporção de 100g de farinha de trigo para 1 ovo.

Com relação ao rendimento, montei 17 tortellini, suficientes para dois pratos como o da foto, e cortei o restante da massa em formato de coração, para usar no dia seguinte, em outra sopa...

Melone senza prosciutto...

... é como me sinto longe da Itália.

Estou enrolando há alguns dias para vir até aqui e contar que voltei; antes de viajar imaginei que voltaria e viria correndo postar fotos lindas e contar sobre ingredientes magníficos, mas não... Tive vivências tão maravilhosas, que não fosse pelos pés e patas que completam esse tripé, teria dado um jeito de ficar por lá... Nunca pensei em dizer isso na minha vida, mas é verdade. É engraçada a sensação inata de estar em casa, sem nunca antes ter pisado lá; um aparente paradoxo que facilmente se resolve quando você percebe que em nenhum momento se sentiu em férias ou viajando, tamanha a intimidade imediata com essa terra maravilhosa... Não se trata, apenas, da magia de acordar e ver os Alpes, agora com apenas um toque de neve no seu cume, mas do jeito de levar a vida e de lidar com ela; o respeito às pessoas, à terra e à comida...

Como disse no início, demorei para vir até aqui porque precisava de um tempinho para me recuperar do baque de estar de volta a nossa querida selva de pedras... Procurei olhar as coisas boas que temos por aqui, e não ficar procurando as diferenças que tanto me incomodam, apesar de serem óbvias... Mas é difícil... Estou com saudades dos ares, dos supermercados tão limpos e organizados, da feira mais maravilhosa em que já estive na minha vida, dos tomates que te chamam, implorando para serem mordidos, da profusão de queijos e pães, da alegria das pessoas acenando ao desejar “buongiorno”, "buonasera", ou apenas um simplificado “sera”, e do orgulho que elas têm de sua terra!

Confesso, estou com saudades... Mas me consola saber que aquela terra também é um pouquinho minha, que um pouco do que sou vem de lá, e que em breve retornarei... ;D

Desculpem-me pelo tom um tanto melancólico, mas ainda estou me sentindo assim... Em crise de abstinência...