segunda-feira, 30 de junho de 2014

Conserva de legumes grelhados [um ótimo molho para massas recheadas]

 
Com lindas fotos e histórias de viajar no tempo, contadas por uma nonna, esse é o tipo do livro que me faz ficar com vontade de cozinhar. No capítulo In dispensa ela fala sobre o porquê de se fazer conservas, e da alegria que sentia, quando pequena, ao abrir a despensa, durante o inverno, e vê-la recheada de tesouros. Conta como as donas de casa tinham trabalho durante o verão para conservar os sabores da horta; que ervas, tomates e cogumelos podiam ser secos ao sol, sobre uma grade, assim como figos e pêssegos. Outras frutas eram colocadas em potes e cobertas com grappa, álcool, licor caseiro ou mesmo um simples vinagre de vinho; mas a grande parte delas virava geleias e doces, também para conserva. As verduras excedentes, por sua vez,  eram conservadas na salmoura; as conservas em azeite, como esta que eu fiz hoje, eram para os poucos que podiam se dar ao luxo. De uma forma ou de outra, o importante era ferver as verduras com água e vinagre, ou vinho e vinagre, para que se conservassem por mais tempo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Polenta de milho verde



Milho, aqui em casa, só serve para pipoca. O Ebraim não suporta nada que venha do milho verde, à exceção da própria espiga cozida em água salgada, de um pão de milho com farinha de centeio, e desses bolinhos cobertos com flocos de milho. Nada de curau, pamonha, suco de milho, sorvete de milho ou sopa de milho. Nem de polenta. E é ai que o livro do Ottolengui entra; pensei ter encontrado nele a redenção da polenta, preparando-a com milho verde cozido.

Mas não, não foi dessa vez. E eu nem usei o termo "polenta"; para não influenciar negativamente, chamei-a apenas de "purê de milho"... Mas para quem gosta de milho, é um prato perfeito! Cai bem no dia a dia, com legumes refogados, ou ainda naquele jantar mais arrumadinho. O sabor é bem mais suave do que o da polenta instantânea, e o queijo de cabra dá um toque refinado. Deve ficar um absurdo com gorgonzola e linguiça!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Sopa de couve-flor, leve e cremosa, com pãezinhos de abóbora e berinjela na chapa


Leva pouquíssimos ingredientes, fica pronta em uma hora, é fácil de ser preparada, só suja uma panela, não precisar ter caldo pronto ou picar um monte de coisas, e ainda assim é especial. Quem comeu não se conformou que não tinha nada além de couve-flor, cebola e água, porque a textura é inacreditável! 

Para acompanhar, pãezinhos de abóbora e berinjelas na chapa.

domingo, 22 de junho de 2014

Pão integral de beterraba assada - para o Dia dos Namorados e para todos os dias!


O que mais gosto dessa história de dia dos namorados é ter uma boa desculpa para abrir um espumante durante a semana, junto com presunto cru, pão e um prato com frutas - figo, uva, caqui e melão são perfeitas! Mas como a produção de pães anda em alta aqui em casa, achei que um pão avermelhado seria um charme a mais na mesa, e foi!

Outra boa ideia, com um pão lindo desses, é um café da manhã especial, para o dos namorados ou para qualquer dia em que você tenha tempo para cortar quatro fatias de pão e de queijo. Enquanto eles aquecem, esprema cinco ou seis laranjas e sirva o suco naqueles copos lindos, guardados no fundo do armário, que você não usa nunca porque não vão à máquina...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Trufas de chocolate, pimenta e especiarias, cobertas com paçoca (sem lactose) [trufas astecas picantes]


Desde que comecei a brincar com o livro de um tal de Paul Young fiquei viciada em preparar trufas, principalmente para levar à casa dos meus amigos. Esta aqui é intitulada de trufa asteca picante (porque assim como o chocolate quente asteca, não leva leite), mas acho que pode muito bem ser levada àquela festinha de temática junina,  com a desculpa de que leva especiarias e paçoca!

Além de ninguém resistir a algo feito com chocolate, elas ficam prontas em minutos e não tem de ser enroladas, necessariamente. Se estiver sem tempo, ou sem vontade, coloque a massa, ainda quente, em um prato bonito, para ser comida com colher. Ou então, distribua-a em potinhos individuais, se a reunião não for assim tão intimista...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bife de couve-flor - simples e perfeito


Fiquei apaixonada pela foto de uma grossa fatia de couve-flor, dourada e suculenta, como se fosse um bife. O sabor faz com que você se lembre de como o simples é bom; piquei um pouco de salsinha e pimenta, e coloquei uma colherada de dukkah no prato, mas acabamos comendo a bicha sem nada, de tão boa. Para variar, za'atar também seria uma boa companhia.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sopa de ares mexicanos, para ser devorada com pimenta, bastante coentro e pãezinhos de milho


A receita de sopa mexicana de frango pedia tomates assados e era servida com um macarrão fininho. Não iria me aventurar a assar tomates, mas me rendi à picância, às folhas de coentro, ao saboroso caldo com a suave refrescância o limão, e resolvi adaptar. Também achei que toda essa inspiração mexicana pedia algo mais do que macarrão cabelinho de anjo, pedia algo com milho! Tortillas fatiadas não seriam má ideia, mas a vontade infinita de limpar o prato com um naco de pão foi maior.

Com todos os ingredientes à mão, acordei cedo e comecei a fazer o pão. Entre as fermentações fiz o caldo, depois a sopa, e no começo da tarde nossa casa era um perfume só; vale a pena se programar para fazer tudo junto! Mas, se você não for tão insano a este ponto, ou não conseguir esperar até o fim de semana, pode adaptar... À noite, faça o caldo e desfie o frango; no dia seguinte, quando voltar para casa, compre um pão de milho na sua padaria predileta, e a sopa não lavará mais de uma hora para ficar pronta. Dê o seu jeito, mas prepare-a, porque foi irresistível até a última pratada!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cookies de tahine com gotas de chocolate


Meia hora antes de sairmos de casa, para irmos jantar na minha mãe, me deu cinco minutos e preparei esses cookies. A massa é ridícula de fácil; basta colocar o forno para aquecer, misturar tudo, colocar bolinhas de massa na assadeira e ir pegar o vinho na adega - malbec, o predileto da mamma! Em vinte minutos estávamos no elevador; Ebraim com o cão e eu com uma grade cheia de biscoitos quentes e perfumados. Dó de quem entrou, sentiu aquele perfume de chocolate e gergelim recém torrado, e teve de ficar com cara de paisagem...

terça-feira, 10 de junho de 2014

Sopa de abóbora (com uma textura incrível) e torradinhas de alho feitas na chapa de ferro


Na maioria das vezes que faço sopa de abóbora, ela começa no forno. Quando quero apenas o purê, corto-a ao meio e levo-a ao forno até que fique macia, então retiro sua polpa com uma colher. Esse purê pode ser adicionado a outras coisinhas previamente refogadas, e tudo vai para o liquidificador com um caldo. Mandioca cozida é uma maravilha, sempre deixa a sopa com um corpo perfeito! 

Mas a minha tentação é assar cubinhos de abóboras variadas com tomate, pimentão vermelho, cebola branca e roxa, salsão e cenoura, tudo numa grande assadeira, temperado com ervas frescas, sal e azeite, levado ao forno até que fique com um aspecto suculento; corpos dourados com as pontinhas pretas. Então basta bater no liquidificador com um bom caldo caseiro, passar para uma panela e levar ao fogo até alcançar a textura e o sabor desejados. Estes mesmos ingredientes dão um ótimo molho para massas, seja com mais tomate, mais pimentão, ou mais abóbora; basta deixar a sopa na panela até que engrosse bem, no fogo mínimo, mexendo sempre. Se for fazer esse molho assado, acrescente uma pitada de açúcar demerara e um fio de balsâmico ao tempero!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Vinagrete de miolos de tomate, para nunca mais jogá-los fora, e bolinhos de batata


Minha mãe me deu um processador pequenininho, no fim do ano passado, e ele não saiu mais de cima da bancada. Tenho testado "pesto" com diversas folhas e castanhas, feito purezinhos do legume assado que sobrou do jantar, ou mesmo uma porçãozinha de homus de última hora, só porque tenho um pouco de grão de bico à mão. Realmente, esse aparelhinho é convidativo a pequenas preparações, e desde que o ganhei, todos os miolos de tomate tem virado molhinhos para a salada, como este da foto. 

Sim, miolinhos de tomate, aqueles que vão direto para o lixo quando queremos a carne, mas não a umidade e as suas sementes. Odeio jogar comida fora, mas só tive ideia de guardá-los quando comecei a comprar orgânicos, anos atrás, e o preço era absurdamente alto. Hoje, na loucura inflacionária que vivemos, orgânico ou não, ele está caro, então acho que essa dica vem a calhar! Coloco-os em um pote de vidro e amasso-os ligeiramente, com um socador, para otimizar o espaço. Guardo esse pote no freezer e vou preenchendo-o conforme os miolos aparecem.

domingo, 8 de junho de 2014

Sorbet de chocolate amargo e whiskey (sem lactose)


Mais uma receita desse livro sobre chocolate, que virou chamego na hora e ainda não deixou de ser. O sorbet, por regra, não leva leite, então seu resultado é leve, perfeito para quando você quer uma sobremesa com cara de sobremesa, mas nada gorduroso ou pesado. 

O resultado vai depender do tipo de chocolate que você usar; o meu ficou adulto, quase austero, com o sabor exato do chocolate e o toque da minha bebida predileta para usar em sobremesas, o bourbon, ou como costumo chamá-lo, whiskey de banana, porque é a primeira associação que faço ao sentir o seu aroma - que o Ebraim não leia isso!


sábado, 7 de junho de 2014

Pão australiano (aussie bread) - o melhor que já preparei!



De todos os pães australianos (aussie bread) que já preparei, este foi o melhor. A cor, o sabor, a textura e um o adocicado aromático que logo te faz pensar em uma fatia de mortadela, ou em um misto quente com gruyère...

As três etapas de fermentação podem afugentar alguns interessados, mas seu preparo não requer maiores habilidades do padeiro, e até a sova é fácil! Exige, sim, um pouco de disciplina para se programar; mas basta gastar dez minutinhos na noite anterior para começar a prepará-lo no dia seguinte. 

E vale a pena, porque é lindo, delicioso e só de ouvir o nome todos querem prová-lo!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Lamen Kazu para aquecer até a alma: movimentado, generoso e fumegante, com uma pimenta caseira que vale a pena!

pimenta da casa* e Kara Misso, à base de misso apimentado
meu predileto, Lamen Shoyu

Casa pequena, aconchegante,  arrumadinha, com poucos lugares e super movimentada; não para de entrar e sair gente, e todos (sim, todos!) os funcionários cumprimentam quem entra e se despedem de quem sai. O atendimento, definitivamente, é um diferencial, principalmente quando comparado a outros ótimos restaurantes do bairro.

Depois da tentativa frustrada de ir a um japonês na Rua da Glória,  o Sushi Issao (em um prédio, n.º111), senti que acabariamos voltando para casa; chovia, fazia frio, já passava das dez e todas as mesas do Lamen Kazu estavam ocupadas... Mas um casal se levantou do balcão, deixando vagas as melhores cadeiras da casa, de onde se pode acompanhar todo movimento na cozinha, e bem ao lado do Godzilla!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Almôndegas de berinjela


Todo tipo de almôndega, bolinho ou hambúrguer chama a minha atenção. Você junta um ingrediente com ovo, ervas frescas, temperos, talvez um queijo ralado (ou um quadradinho como recheio), um pouco de farinha para dar o ponto e pronto! São visualmente irresistíveis e podem ser comidas com salada, grãos, batatas assadas, macarrão, sopa ou serem servidas como aperitivo, acompanhadas de ketchup e mostarda, ou quem sabe um pesto, uma maionese caseira com alho, ou um molho com toque de limão.

Sem contar que esses bolinhos são uma mão na roda; ter um prato de espaguete com almôndegas em menos de quinze minutos é um luxo! Basta colocar a água para ferver e o molho para aquecer; depois coloque a massa na água salgada e as almôndegas direto do freezer para a panela do molho. Quem estiver com vocês vai jurar que alguém operou milagres, porque enquanto a massa cozinha e  as almôndegas aquecem, você pode colocar a mesa, cortar um naco de queijo, caçar alguma erva fresca e abrir o vinho. Se suas bolinhas não forem muito firmes, como às vezes são as de cogumelo (ou quando a farinha de rosca acaba no meio da receita), o pior que pode acontecer é acabar com um molho à bolonhesa. Que problema...

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